Aquário

Aqui o temos, um muro confundido com o tempo, sem esperar nada, sem pensar em nada, sem sentir nada, velho, mas pintado de novo, inerte, mas com um aquário e uma palmeira lá dentro à laia de peixinho vermelho que com a cabecita de fora tenta debicar uma nuvem. À noite quando me deito, sou como o muro, intemporal, deixo as horas na mesinha de cabeceira depois de tirar o tempo do pulso. O peixinho, esse, nada às voltas na minha cabeça, tentando debicar os meus sonhos.


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